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PF deflagra ação contra quadrilha que fraudava aplicativo Caixa Tem

Beneficiários de programas sociais eram as maiores vítimas

Redação Ascompautadupla
Por: Redação Ascompautadupla Fonte: Agência Brasil
15/04/2025 às 19h04 Atualizada em 15/04/2025 às 23h29
PF deflagra ação contra quadrilha que fraudava aplicativo Caixa Tem
© Marcello Casal JrAgência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Farra Brasil 14, no Rio de Janeiro, para desmontar uma organização criminosa especializada em fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem. De acordo com a PF, os investigados pagavam propinas a funcionários da Caixa Econômica e de casas lotéricas para obter acesso a valores por meio do aplicativo, que paga benefícios sociais do governo federal.

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Foram apreendidos na ação 20 telefones celulares, seis notebooks, dois veículos, além de documentos. Os objetos apreendidos serão submetidos à perícia técnica e análise para continuidade das investigações.

Desde a criação do Caixa Tem, em abril de 2020, a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF registrou cerca de 749 mil processos de contestação de quase R$ 2 bilhões por parte da Caixa Econômica Federal. As investigações contaram com o auxílio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (Cefra), em Brasília e da Corregedoria Regional da Caixa, no Rio de Janeiro, informou em nota, a PF.

De acordo com a PF, as investigações mostram que a maior parte das vítimas é beneficiária de programas sociais do governo federal, mas as fraudes também atingem o FGTS e o Seguro-Desemprego de trabalhadores, todos geridos pelo Caixa Tem.

Na ação, cerca de 80 policiais federais foram designados para cumprir 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. Além dos mandados, a Justiça Federal impôs medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação, com as penas máximas podendo chegar a 40 anos de reclusão.

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da Caixa e está aberta para a um posicionamento.

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