Um levantamento do Programa Polo de Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) colocou João Pessoa em destaque entre as capitais nordestinas. A pesquisa, divulgada no último dia 14, revelou que a capital paraibana apresenta o menor índice de moradores em situação de rua na região, contabilizando 953 pessoas, o equivalente a apenas 0,11% de sua população.
Essa posição de destaque não é fruto do acaso. Segundo Diego Tavares, secretário de Direitos Humanos e Cidadania, a gestão do prefeito Cícero Lucena tem priorizado a integração de programas sociais, segurança alimentar e suporte às populações mais vulneráveis. “A administração tem transformado João Pessoa num verdadeiro cinturão social, unindo esforços em diversas frentes para ajudar quem mais precisa”, afirmou Tavares.
Entre as iniciativas que contribuem para esse resultado estão o Programa Ruartes e os Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP). O Ruartes, criado sob os parâmetros da Lei nº 11.258/2005, realiza abordagens sociais nas ruas, identificando pessoas em situações de risco e promovendo sua reintegração nos serviços socioassistenciais. Já o Centro POP oferece um suporte técnico robusto, como orientação individual e em grupo, além de encaminhamentos para serviços essenciais, desde assistência médica até apoio jurídico.
Apesar do cenário mais promissor em João Pessoa, o estudo da UFMG evidencia a dimensão do problema em âmbito nacional. Estima-se que mais de 335 mil pessoas vivam em situação de rua no Brasil, com concentrações urbanas mais acentuadas na região Sudeste, onde cidades como São Paulo e Rio de Janeiro lideram os números.
Além de destacar as boas práticas de João Pessoa, o levantamento também busca conscientizar sobre a urgência de políticas públicas inclusivas. A Campanha “Vida nas Ruas”, desenvolvida em parceria com a Rede Minas, tem produzido vídeos que retratam a realidade e os desafios enfrentados por essa população. A campanha reforça a necessidade de assegurar direitos fundamentais, como moradia digna, alimentação e acesso à saúde.
Esse exemplo de João Pessoa serve como inspiração para outras capitais brasileiras, mostrando que, com políticas públicas eficazes e intersetoriais, é possível transformar vidas e oferecer oportunidades de recomeço. Afinal, a luta por dignidade e inclusão social é uma missão que transcende fronteiras regionais.