A China está na vanguarda de uma revolução tecnológica, utilizando robôs humanoides e drones para transformar setores estratégicos e enfrentar desafios internos. Em um cenário de guerra comercial com os Estados Unidos e uma força de trabalho em declínio, os líderes chineses veem a inteligência artificial como uma solução crucial para ampliar a força militar, modernizar a economia e fortalecer o orgulho nacional.
Os drones, por exemplo, estão se tornando parte essencial da chamada "economia de baixa altitude", com aplicações que vão desde entregas rápidas até vigilância. Shenzhen, conhecida como a capital dos drones, lidera esse movimento graças a regulamentações progressistas que incentivam a inovação. A Administração de Aviação Civil da China prevê que o setor quintuplicará de valor na próxima década, atingindo 3,5 trilhões de yuans.
Já os robôs humanoides estão ganhando destaque em áreas como serviços e entretenimento. Recentemente, Pequim sediou a primeira meia maratona do mundo com robôs humanoides, um evento que não apenas testou os limites tecnológicos, mas também simbolizou o avanço da robótica no país. Esses robôs, equipados com algoritmos avançados, estão sendo treinados para executar tarefas humanas com maior eficiência e adaptabilidade.
O governo chinês, sob a liderança de Xi Jinping, está investindo pesado em inovação doméstica, revertendo anos de repressão ao setor privado. Com novos financiamentos e incentivos, a meta é consolidar a posição da China como líder global em inteligência artificial e robótica, desafiando diretamente os Estados Unidos.
Essa aposta na "IA incorporada" não é apenas uma estratégia econômica, mas também uma declaração de independência tecnológica. À medida que a China avança, o mundo observa como essas inovações moldarão o futuro da sociedade e da economia global.