Recentemente, Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou que a cortesia dos usuários ao interagirem com chatbots como o ChatGPT tem um preço alto. Cada "por favor" e "obrigado" adicionados aos prompts contribuem para custos operacionais de dezenas de milhões de dólares, especialmente relacionados ao consumo de energia dos data centers. Altman, no entanto, classificou esse gasto como "dinheiro bem gasto," destacando a importância de manter interações respeitosas e colaborativas no mundo digital.
A reflexão sobre essas palavras educadas vai além do impacto financeiro. Especialistas em inteligência artificial, como Kurtis Beavers, da Microsoft, defendem que a cortesia nas interações com a IA não é apenas uma questão de boas maneiras, mas também estabelece um padrão para respostas mais respeitosas e eficientes. Essa prática demonstra que a etiqueta digital influencia diretamente a qualidade da interação e, em muitos casos, reflete o nível de detalhe e profissionalismo inserido na comunicação.
Por outro lado, estudos têm apontado consequências ambientais significativas. A geração de respostas por modelos de linguagem consome uma quantidade considerável de energia, impactando o meio ambiente. Com os data centers que alimentam essas tecnologias já consumindo cerca de 2% da energia global, o uso crescente de chatbots sugere que essa cifra pode aumentar drasticamente à medida que a IA se torna onipresente.
O dilema, portanto, vai além da educação e da tecnologia: ele nos desafia a equilibrar o avanço digital com práticas sustentáveis. Sam Altman e outros líderes do setor reconhecem que os custos são altos, mas defendem que fomentar interações humanas, mesmo com máquinas, é parte essencial de construir um futuro digital mais ético e conectado. Ainda assim, o debate sobre como minimizar impactos ambientais enquanto promovemos uma IA cada vez mais acessível segue em aberto — e urgente.